Para quem busca crescer no mercado de trabalho, alcançar melhores cargos e maiores remunerações, escolher uma profissão e fazer uma graduação é o caminho mais indicado. Porém, muita gente não tem condições financeiras para arcar com as mensalidades de uma universidade privada e, por isso, é importante saber como funciona o ProUni e o FIES.
As duas alternativas são as mais procuradas por quem precisa de auxílio para fazer um curso superior. De fato, ao longo dos últimos anos, essas iniciativas do Governo Federal já ajudaram milhares de estudantes brasileiros a conquistar um diploma. Assim, mais gente se qualifica no mercado de trabalho.
E você, sabe como funciona cada um deles? Quer descobrir? Aproveite este post para ficar por dentro do assunto! Separamos as peculiaridades de cada um dos programas, suas principais diferenças e o que você precisa fazer para conseguir realizar o sonho de cursar o Ensino Superior. Então é só continuar a leitura!
O que é e como funciona o ProUni?
Criado em 2005, o ProUni — que significa Programa Universidade para Todos — é um projeto do Ministério da Educação (MEC), que tem como principal objetivo oferecer bolsas de estudos em instituições de ensinoparticulares de todo o país. Assim, alunos que não têm condições financeiras aumentam as suas chances de ingressar no Ensino Superior.
Ao levar em consideração que a maioria das pessoas de baixa renda ainda não conseguiu adicionar um diploma universitário aos seus currículos, o Governo Federal criou essa iniciativa para tornar esse caminho mais fácil.
Para participar do programa, é preciso cumprir um dos principais requisitos, que é ter realizado a última edição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e obtido uma nota maior que 450 pontos, sem ter zerado a prova de redação. Além disso, é necessário atender a pelo menos um dos seguintes critérios:
-
ter estudado o Ensino Médio completo em uma escola da rede pública;
-
ter estudado o Ensino Médio em uma escola particular, desde que com bolsa integral da própria instituição;
-
ter estudado o Ensino Médio em escolas da rede pública e particular, desde que com bolsa integral da própria instituição;
-
ter algum tipo de deficiência;
-
ser professor permanente em escola pública, com o objetivo de concorrer a bolsas em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia (vale ressaltar que a renda familiar não é avaliada nessa circunstância).
A partir de então, será possível concorrer às bolsas, que podem ser integrais (100% da mensalidade) ou parciais (50%), desde que o candidato também se enquadre em alguma das condições abaixo:
-
ter renda familiar bruta mensal menor ou igual a um salário mínimo e meio por pessoa (para bolsa integral);
-
ter renda familiar bruta mensal de até três salários mínimos por pessoa (para bolsa parcial).
Outro detalhe que precisa ser considerado é que o ProUni tem cotas reservadas para negros, índios, pardos e pessoas com deficiência que se encaixam nos requisitos acima.
Para se inscrever no programa, basta fazer o cadastro no próprio site do ProUni e fornecer os dados pedidos. Na pré-seleção é possível escolher duas opções de cursos e duas faculdades.
Dependendo da nota do Enem e dos outros critérios de aprovação, depois é preciso comparecer à instituição com os documentos (comprovante de residência, comprovante de renda, documentos do Ensino Médio, documentos de identidade do candidato e das pessoas do seu núcleo familiar).
Após a avaliação de todo esse material, se o aluno for aprovado receberá o termo de concessão da bolsa. Se isso não ocorrer, ele pode manifestar seu interesse em entrar para a lista de espera ou tentar novamente em outra ocasião.
Duas dicas fundamentais para se dar bem são: ficar de olho nos prazos divulgados pelo MEC (a seleção é aberta duas vezes por ano) e conferir quais são as instituições de ensino que participam do ProUni. Caso a bolsa conquistada pelo estudante seja de apenas 50%, é possível financiar o restante pelo FIES.
O que é como funciona o FIES?
Por sua vez, o FIES é o Fundo de Financiamento Estudantil — que também utiliza recursos financeiros do Governo Federal. Sua ideia é praticamente a mesma do ProUni, a de facilitar o acesso ao Ensino Superior no Brasil, só que a forma de cumprir esse objetivo é diferente.
Em vez de receber a bolsa de estudos, o estudante deve financiar as mensalidades do curso de graduação presencial escolhido com um prazo melhor para quitá-las. Um dos maiores benefícios disso é contar com juros baixos ou até inexistentes para pagar a faculdade.
Recentemente, foi delimitado um valor máximo que pode ser repassado mensalmente para a instituição, que é de R$ 7 mil. A questão é que a porcentagem financiada varia, pois quanto menor a renda do candidato maior tende a ser o benefício (na prática, é possível financiar até 98%, já que existem residuais que precisam ser pagos).
Para participar, a pessoa precisa estar matriculada em uma faculdade cadastrada no programa e que tenha avaliação positiva do MEC (nota maior ou igual a 3). Outro critério fundamental é fazer a prova do Enem e conseguir uma pontuação mínima de 450 pontos, sem zerar a prova de redação.
Além do mais, é necessário enquadrar-se em algumas das situações abaixo para ter direito ao financiamento:
-
modalidade I: ter renda familiar bruta de até 3 salários mínimos por pessoa — são 100 mil vagas sem a cobrança de taxas de juros;
-
modalidade II: ter renda familiar de até 5 salários mínimos per capita e viver nas regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste — são 150 mil vagas com juros negociáveis com a instituição financeira escolhida;
-
modalidade II: ter renda familiar de até 5 salários mínimos per capita e viver em qualquer região brasileira — são 60 mil vagas com taxa de juros variável.
Durante os estudos, cada financiado deve pagar mensalmente o valor da coparticipação (a parcela dos encargos educacionais não financiada) diretamente ao agente financeiro.
Depois de concluir o curso, o estudante realizará a amortização do saldo devedor de acordo com as suas possibilidades, ou seja, as parcelas serão variáveis com a sua renda. Se ele ainda não tiver um emprego e uma renda fixa, mesmo assim deverá fazer o pagamento mínimo. O prazo médio para a quitação gira em torno de 14 anos.
Assim como o ProUni, ter um bom desempenho acadêmico é essencial para manter o benefício (pelo menos 75% de aproveitamento em todas as disciplinas do semestre).
A inscrição é feita pelo site do FIES e os interessados precisam ficar atentos aos prazos descritos no edital que sai a cada semestre. Após fazer o cadastro inicial, o candidato deve acompanhar a pré-seleção para completar as informações financeiras e esperar os resultados.
Se tudo der certo, é preciso procurar a CPSA (Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento) na instituição de ensino para validar os dados e formalizar a contratação. Comparecer à agência do banco escolhido é o último passo para fechar o negócio.
Qual o processo para conseguir dentro da faculdade?
Outra dúvida recorrente dentro desse tema é se um aluno que já está cursando a faculdade pode recorrer a esses programas. Imagine que a situação financeira da família piorou e ele vai precisar de algum tipo de ajuda para concluir o curso.
Nesse contexto, não há nenhum problema em candidatar-se no site do FIES ou do ProUni, desde que a pessoa atenda aos requisitos necessários. Isto é, o estudante não precisa estar no início da jornada na faculdade para ganhar o benefício; basta que ele siga o procedimento normal, realize sua inscrição e aguarde os resultados.
Como é feita a seleção para conseguir a bolsa?
Apesar de serem dois programas distintos — por mais que sejam complementares em algumas situações —, as formas de seleção do FIES e do ProUni são muito parecidas. Além dos diversos itens e critérios estabelecidos inicialmente, como a renda familiar ou o histórico educacional na rede pública, a nota do Enem é o fator decisivo.
A média mínima para participar é de 450 pontos nas provas objetivas e a nota da redação superior a zero. Ao garantir essas notas, o estudante pode participar do processo. Dentro dos selecionados, porém, cada candidato passa a competir pelas vagas apenas contra outros interessados que selecionem o mesmo curso, faculdade, campus e até mesmo turno.
Ou seja, quanto maior a sua nota no Enem, maiores são as suas chances de conseguir uma vaga no ProUni ou no FIES. Após ser selecionado, o aluno precisa comprovar todas as informações para, só assim, conseguir realizar o sonho de fazer uma graduação.
O que é preciso evitar para conseguir a permanência no programa?
Após conseguir a bolsa do ProUni ou o financiamento do FIES, o estudante contemplado com o benefício precisa se atentar a outros fatores para a manutenção do seu contrato dentro desses programas. Para ter o direito de renovar, por exemplo, alguns critérios precisam ser atendidos. Confira:
Notas baixas
Tanto no FIES como no ProUni as notas baixas são fatores fundamentais para o cancelamento dos contratos. O aproveitamento mínimo de cada estudante deve ser igual ou superior a 75% das matérias cursadas no período. Caso isso se repita em mais de dois semestres, o contrato é cancelado.
Não cumprimento de prazos
No caso do ProUni, o aluno pode perder o direito à bolsa ao não realizar a matrícula no curso no tempo estabelecido. Já quando o assunto é o FIES, o estudante precisa, todo semestre, realizar a renovação do contrato, processo chamado de aditamento. Caso o prazo estabelecido não seja respeitado, o contrato também é cancelado.
Inidoneidade
Caso alguma informação fornecida no processo seja comprovada irregular — de comprovação de renda familiar ou acúmulo de bolsas do ProUni, por exemplo — o contrato pode ser cancelado imediatamente.
Quais as diferenças do ProUni e FIES e o programa de bolsa da UCEFF?
A maior diferença é que o programa de bolsa da UCEFF é realizado com recursos da própria instituição e não do Governo Federal. O Crefácil financia 50% do valor da mensalidade e tem as seguintes características:
-
não é vinculado à nota do Enem;
-
não pode ser realizado simultaneamente a outros programas de financiamento ou bolsa de estudos;
-
permite que o estudante pague o valor total no mesmo prazo que levou para concluir o curso;
-
não cobre os valores da matrícula e rematrícula a cada semestre.
Por outro lado, existem várias vantagens de contar com essa alternativa. Uma delas é usufruir de uma concorrência muito menor, visto que o ProUni e o FIES têm candidatos de todo o país — ou seja, a abrangência é enorme e, consequentemente, a competitividade também.
Sem contar que a burocracia para conseguir uma bolsa diretamente com a UCEFF é reduzida se comparada aos processos nacionais. Em aproximadamente 10 dias o aluno consegue receber uma resposta da sua candidatura.
Enfim, esse cenário serve para mostrar que os interessados têm uma opção de auxílio financeiro para estudar. Eles devem procurar não só o ProUni e FIES, como também as modalidades oferecidas pela própria faculdade. O que mais importa é não deixar esse sonho de lado e investir na sua qualificação!
Agora que você já sabe como funciona o ProUni e o FIES, além do programa de bolsa da UCEFF, que tal ficar por dentro de outros assuntos relevantes sobre o tema? Para isso, basta assinar a nossa newsletter e receber conteúdos como esse diretamente na caixa de entrada do seu e-mail!