Estudar, investigar, analisar, diagnosticar e produzir conhecimento científico sobre organismos patológicos, bacterianos, parasitários, virais e afins, capazes de afetar a saúde da população mundial. Assim é o segmento da Biomedicina, um campo de conhecimento que está em destaque no cenário nacional e atrai muitos jovens que desejam uma profissão sólida, conceituada academicamente e reconhecida no mercado.
Porém, com uma rotina atarefada e cheia de atividades, cada vez mais os vestibulandos buscam alternativas ao ensino presencial e se perguntam se há ou não a Biomedicina EAD.
Por esse motivo, elaboramos o artigo de hoje para sanar essa questão e explicar a você em quais formatos de aula é possível encontrar essa graduação. Acompanhe e saiba tudo!
É possível fazer Biomedicina EAD?
Já começamos respondendo à sua dúvida: a resposta é não. Isso porque o curso de Biomedicina não é ofertado na modalidade a distância, ou seja, naquele formato em que as aulas são todas gravadas e armazenadas em uma plataforma virtual, os conteúdos compartilhados de forma online entre professores e alunos e apenas as provas do semestre são realizadas presencialmente no polo de educação da instituição.
Embora esse formato de graduação case sem dificuldades com muitos campos de estudo, especialmente os da área de humanas — que tendem a ser, em geral, mais teóricos e reflexivos —, ele é considerado incompatível como muitos segmentos da área da saúde, o que inclui a Psicologia, a Medicina Veterinária, a Educação Física e também a Biomedicina. O motivo disso é que a formação acadêmica no ramo da saúde tem uma particularidade.
Ela demanda uma imersão prática que envolve (e integra) vivência laboratorial, desenvolvimento de habilidades para atendimento ao paciente, ações de assistência social para a população e contato com equipes multidisciplinares da saúde.
Além disso, é necessário que o aluno passe experimentalmente por ambientes ambulatoriais, clínicos, hospitalares, laboratoriais públicos e privados. Essas atividades são diferenciadas e exclusivas, principalmente se analisarmos os projetos curriculares de outros cursos de nível superior.
Não é à toa que essa imersão é imprescindível para o exercício da profissão de maneira eficaz e humanizada, à adequação de cada recém-formado ao código de ética da categoria, ao devido conhecimento das políticas públicas voltadas para o setor e muito mais.
Por conta disso, o próprio Conselho Nacional de Saúde (CNS) se manifestou contrário, por meio de resolução oficial (nº 515/2016), à disponibilização das graduações da área no formato a distância.
Esse posicionamento foi seguido e defendido pelos conselhos federais de diversos campos, como é o caso de nota informativa no portal do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), reproduzida até nos portais dos Conselhos Regionais de Biomedicina.
O que os órgãos do ramo defendem é que, caso o Ministério da Educação (MEC) autorize a oferta desses cursos em outros formatos para além do presencial, que seja no máximo no modelo semipresencial. Dessa forma, é possível preservar as atividades práticas e integrativas tão indispensáveis para a qualificação profissional daqueles que vão atuar numa das áreas mais representativas e cruciais para toda a humanidade: a da saúde.
Como funciona esse curso na modalidade semipresencial?
Como dito há pouco, a modalidade semipresencial (também chamada de ensino híbrido) é a alternativa para aqueles vestibulandos que não tem como acompanhar uma graduação presencial — que é o padrão adotado no ensino superior. Porém, como nem todo mundo está familiarizado com ela ou a conhece tão bem como o formato a distância, vamos explicar quais são as particularidades desse modelo.
Nele, as aulas que envolvem conteúdos teóricos e expositivos do curso de Biomedicina são disponibilizadas como videoaulas. Porém, aquelas disciplinas que concentram conteúdo prático e experimental não ocorrem por meio do computador. Ao contrário, elas são agendas presencialmente para serem ministradas em laboratórios no polo de educação.
Ou seja, você e seus colegas se encontram com os professores em um momento de troca de conhecimento, networking de qualidade, feedback sobre procedimentos in loco, tutoria aplicada acerca de processos clínicos e de análise microbiológica, revisão dos assuntos abordados nas aulas online, aconselhamento sobre uso de equipamento etc.
São ocasiões essenciais para a sua formação e que vão ser de grande valor na aquisição do saber científico e técnico na área. Para completar, as avaliações do semestre ocorrem também presencialmente na unidade da instituição.
Quais são as vantagens de um curso semipresencial?
Além de garantir um ganho de conhecimento multidisciplinar, aliando aulas teóricas virtuais e atividades práticas presenciais no decorrer da graduação, o curso semipresencial de Biomedicina traz outras vantagens significativas para os vestibulandos.
A primeira e mais notável delas, sem dúvidas, é a flexibilidade da grade curricular, o que permite ao estudante acompanhar as aulas nos horários mais convenientes para ele e organizar os estudos de maneira funcional e adaptável às suas necessidades educacionais. Isso gera mais autonomia e lhe dá a oportunidade de se aprofundar naqueles temas que despertam sua curiosidade, que sejam mais atuais e que tenham uma carga de complexidade maior.
Tudo isso está diretamente relacionado à segunda vantagem: a manutenção da agenda do estudante. Afinal, muitos trabalham, são empreendedores, realizam projetos como freelancer, têm família e moram em centros menos urbanos. Logo, dá para investir na realização do sonho de se formar e ter uma carreira de sucesso sem ter que abrir mão dos compromissos profissionais que já assumiu.
Outro ponto positivo é a integração com os colegas de sala, uma vez que os encontros programados favorecem não só o convívio social e acadêmico, mas também um ambiente favorável para a construção de relacionamentos interpessoais e profissionais.
Como mostrado, cursar Biomedicina EAD ainda não é uma realidade no ensino superior brasileiro. Contudo, quem não pode se graduar no formato presencial tem a oportunidade de estudar no modelo semipresencial e desfrutar de muitas das vantagens do ensino a distância. Tudo isso sem afetar ou reduzir a formação prática e a vivência laboratorial, que contribuem (e muito!) para uma capacitação profissional ímpar e de qualidade no segmento.
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