O quiet quitting é uma tendência do mercado que tem chamado a atenção das empresas e ganhou força a partir de 2020, quando teve início a pandemia de Covid-19.
O termo em inglês quiet quitting significa “demissão silenciosa”, mas não se refere exatamente à ação de pedir demissão. Trata-se de um comportamento bem mais complexo, que está relacionado a alguns problemas da vida profissional e que causa impactos na carreira e nos resultados das empresas.
Diante disso, preparamos este post para ajudar você a entender o que é o quiet quitting, entre outras informações sobre esse assunto. Boa leitura!
O que é o quiet quitting?
O quiet quitting é a prática de limitar a dedicação ao trabalho, de modo a realizar apenas o mínimo necessário, de acordo com as atribuições do cargo. Um profissional que adota essa postura evita tarefas que não são sua obrigação e, consequentemente, passa a se engajar cada vez menos nas atividades da empresa.
Por um lado, o quiet quitting é uma forma de evitar a sobrecarga na rotina de trabalho, o que é importante para conseguir ter tempo para a vida privada. Só que, por outro lado, a decisão de reduzir a carga de trabalho tanto quanto possível pode prejudicar o desenvolvimento profissional, já que a pessoa tende a ficar em uma zona de conforto.
Como surgiu essa tendência?
Embora não dê para afirmar com precisão quando começou, a tendência do quiet quitting tem sido mais observada desde a pandemia de Covid-19. Um fator interessante é que esse comportamento aparece com mais frequência na geração Z, ou seja, em profissionais jovens, que nasceram a partir da segunda metade dos anos 1990.
Assim, fica bem claro que os quiet quitters são, principalmente, pessoas que tiveram que enfrentar, ainda no início das suas carreiras, um período de grande turbulência social, econômica e emocional. Todos esses fatores influenciaram a maneira como elas lidam com as relações de trabalho e impulsionaram a busca por um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Quais são as causas do quiet quitting?
Como dissemos, alguns problemas no ambiente de trabalho costumam estar por trás da prática de quiet quitting. Confira quais são eles!
Falta de reconhecimento no trabalho
Quando os funcionários se esforçam para ter uma boa produtividade, cumprir metas e entregar qualidade nas suas tarefas, é natural que esperem certo reconhecimento por parte dos gestores. Se isso não acontece, eles sentem que não vale a pena se dedicar tanto e perdem o interesse em se engajar nos projetos.
Baixos salários
A remuneração baixa é mais uma causa bem comum do quiet quitting. Afinal de contas, dificilmente os colaboradores vão se sentir estimulados a estender o horário de trabalho ou se comprometer a realizar mais tarefas se não houver um retorno financeiro à altura.
Além disso, receber um salário que não é suficiente para ter boas condições de vida é um forte motivo para que a pessoa tente complementar a renda. Consequentemente, fazer o mínimo necessário no emprego permite reservar tempo e energia para outras atividades profissionais.
Trabalho em excesso
Postos de trabalho que exigem muitas horas extras para que seja possível dar conta de tudo deixam os profissionais sobrecarregados, o que afeta até mesmo a vida pessoal. Por isso, esse é mais um problema que leva à prática do quiet quitting como forma de tentar manter um equilíbrio entre essas duas esferas da vida.
Abuso de poder
A postura do chefe imediato influencia bastante a forma como uma pessoa se sente no ambiente de trabalho. O autoritarismo, por exemplo, desestimula a participação dos colaboradores e a vontade de eles compartilharem ideias e habilidades diferenciadas.
Esse tipo de clima organizacional contribui bastante para que funcionários promissores se tornem quiet quitters em vez de apostar no seu crescimento na empresa.
Como lidar com o quiet quitting?
Uma vez que o quiet quitting tem tudo a ver com a insatisfação profissional, as empresas podem adotar medidas para evitar que os colaboradores tenham esse comportamento. A seguir, destacamos algumas possibilidades.
Exercer o diálogo
Se os funcionários estão insatisfeitos, o ideal é que as lideranças tentem entender o que não tem funcionado para eles e tentar solucionar o problema. Nesse sentido, é importante estabelecer uma comunicação aberta e saudável, com boa vontade de ouvir as queixas apresentadas e descobrir o que pode ser feito para que o time se engaje mais nos projetos.
Construir uma boa relação com a equipe
Além de tentar resolver o que não tem agradado no ambiente organizacional, outra forma de as empresas evitarem o quiet quitting é investir em uma boa relação com toda a equipe.
Ao incentivar a colaboração e o desenvolvimento profissional, as lideranças fazem com que cada funcionário entenda sua importância e queira contribuir para o sucesso do negócio.
Ter uma boa gestão de tempo
Saber como fazer uma boa gestão do tempo que os colaboradores dedicam às atividades profissionais é outra forma de contornar a tendência de quiet quitting.
Ao otimizar tarefas para que sejam realizadas com qualidade e em menos tempo, é possível evitar a sobrecarga de trabalho e explorar todo o potencial dos funcionários sem que eles precisem extrapolar os horários de expediente.
Garantir uma remuneração justa
Uma vez que a sensação de desvalorização no trabalho tem relação direta com o quiet quitting, assegurar que o esforço seja devidamente remunerado é uma das maneiras de solucionar o problema. Ao garantir que a equipe tenha a remuneração que merece, os gestores passam uma mensagem clara de que vale a pena se dedicar mais àquele trabalho.
Como você observou, é fundamental que as empresas proporcionem boas condições de trabalho aos seus colaboradores para evitar o quiet quitting. Ao mesmo tempo, é importante que os profissionais busquem sair da zona de conforto e investir no desenvolvimento pessoal, o que pode ser conquistado por meio de cursos para se qualificar cada vez mais e crescer na profissão.
Então, conseguiu tirar as dúvidas sobre o quiet quitting? Acompanhe nossas páginas no Facebook e no LinkedIn para ficar por dentro de mais conteúdos como este!
parabéns pelo conteúdo!