Quer trabalhar em startup? Entenda o conceito e saiba mais sobre esse modelo

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Hoje, trabalhar em uma startup é o sonho de muitas pessoas que estão entrando no mercado de trabalho ou que desejam dar um novo rumo a sua carreira profissional. Mas quais são as habilidades necessárias para atuar nesse segmento? Será que são as mesmas exigidas pelas empresas tradicionais?

No Brasil, o mercado de startups está em plena ascensão. Em 2012, havia aproximadamente 2,5 mil empresas cadastradas na Associação Brasileira de Startups (ABStartups) — cinco anos depois, em 2017, esse número já passava de 5 mil. Um grande salto, não é mesmo?

Nesse cenário promissor, as startups constituem, de fato, uma grande oportunidade de atuação, atraindo muitos empreendedores, investidores e jovens profissionais. Para se inserir nesse mercado, no entanto, é preciso ter em mente que a dinâmica de trabalho nas startups é bem diferente da que encontramos em companhias já estabelecidas.

Então, quer saber como é possível trabalhar em uma startup? Neste post, você vai entender melhor sobre esse modelo de negócio e quais as características essenciais para atuar no setor — seja conquistando uma vaga de emprego ou empreendendo. Confira!

Afinal, o que é uma startup?

Muito se fala sobre startups nas mídias e nos ambientes organizacionais, mas você já parou para pensar no significado desse termo? O que, exatamente, é uma startup? Qual a principal diferença entre as startups e as empresas tradicionais?

Para começar, as startups são empresas cujos modelos de negócio apresentam três características principais: são replicáveis e escaláveis e possuem grande potencial de crescimento — bem acima da velocidade de mercado. Para se ter uma ideia, enquanto empresas tradicionais costumam crescer, em média, 20% ao ano, uma startup pode alcançar um crescimento de até 200%.

Os serviços e produtos produzidos pelas startups geralmente são de base tecnológica e envolvem processos mais ágeis e inovadores e menos custosos. Entre os setores que mais se destacam nesse modelo de negócio estão: agronegócio, comércio eletrônico, comunicação, educação, finanças, internet, propaganda, saúde e bem-estar.

No início, os serviços das startups costumam ser oferecidos diretamente ao consumidor ou a outras startups. Com o avanço do negócio, porém, a tendência é atender grandes companhias que terceirizam atividades relacionadas à pesquisa e ao desenvolvimento.

Como anda o mercado de startups no Brasil?

Como mencionamos no início do post, o mercado de startups vem crescendo cada vez mais no Brasil. Além das mais de 5 mil empresas cadastradas na ABStartups, existem muitas outras ainda em fase de implementação, totalizando cerca de 15 mil startups no país.

Além disso, o setor vem demonstrando um notável amadurecimento. Em 2018, por exemplo, conquistamos nossos primeiros “unicórnios” — startups que valem mais de US$ 1 bilhão. São eles: a Nubank, que atua no gerenciamento de serviços financeiros, a plataforma de pagamentos PagSeguro e o aplicativo de transporte 99.

Outro feito de destaque da Nubank é que ela foi a primeira startup do Brasil a conseguir apoio da Sequoia, o fundo de investimentos que também apostou nos gigantes Airbnb, Apple, Google, Instagram, WhatsApp e YouTube.

Veja a seguir outras startups brasileiras candidatas ao posto de “unicórnio”:

  • Hub Prepaid, que atua na área de serviços financeiros e meios de pagamento;

  • Movile, que atua como parceira de marketplaces móveis com potencial global, principalmente nas áreas de delivery de alimentos, logística e tíquetes;

  • NetShoes, varejista online de artigos esportivos;

  • PSafe, que desenvolve aplicativos de privacidade, segurança e otimização de desempenho de smartphones.

Quais as habilidades necessárias para trabalhar em startup?

Agora que você já conhece melhor o mercado de startups no Brasil, pode estar se perguntando: o que preciso fazer para conquistar uma boa colocação nesse segmento? A questão, no entanto, não é exatamente o que fazer, e sim quais habilidades desenvolver.

A característica inovadora das startups proporciona uma cultura corporativa mais maleável e uma dinâmica de trabalho em que a criatividade e a autonomia têm mais espaço. Por outro lado, toda essa inovação tem um preço: o aumento dos riscos e incertezas que criam ambientes mais instáveis.

Portanto, para trabalhar em startups, são necessárias novas habilidades — diferentes daquelas geralmente exigidas pelas empresas tradicionais. Continue a leitura e conheça algumas delas!

Criatividade

Em um ambiente de inovação, a criatividade é uma habilidade extremamente valorizada. Um profissional criativo é aquele capaz de propor soluções alternativas para os problemas que surgem na empresa, criar métodos de trabalhos mais eficazes e ousar — sem medo! — com suas ideias.

Capacidade de lidar com incertezas

Falando em medo, para atuar no segmento de startups é fundamental saber lidar com os riscos e incertezas presentes nesse modelo de negócio. Afinal, uma startup pode ser considerada um grande experimento, com metas variáveis e hipóteses sendo testadas a todo momento.

Perfil multidisciplinar

Na maioria dos casos, as startups começam como empreendimentos de pequeno porte, com reduzido quadro de funcionários. Por isso, quem trabalha nesse segmento geralmente tem que assumir diferentes tarefas, até mesmo em diferentes setores — como diz o ditado: seja “pau para toda obra”.  Assim, é essencial ter um perfil multidisciplinar.

Como se preparar para ser o fundador de uma startup?

Outra opção para quem quer atuar no mercado de startups é fundar a sua própria empresa. Mas por onde começar? Quatro passos são fundamentais para dar vida a qualquer negócio inovador. Vamos ver cada um deles em detalhes?

1. Tenha uma ideia disruptiva

Criar uma startup de sucesso é mais do que desenvolver um serviço ou produto que o mercado necessita — é identificar um problema real e, de fato, resolvê-lo. Além disso, as soluções propostas não podem ser as mesmas de sempre; elas precisam ser inovadoras e tecnológicas.

Dessa forma, a sua startup deve nascer de uma ideia disruptiva — algo que provoque uma ruptura nos padrões estabelecidos pelo mercado. Achou difícil? Então, que tal começar a pensar nisso desde a faculdade? Pesquise, converse com professores que tenham experiência na área e aproveite todas as ferramentas que sua instituição de ensino oferece.

2. Saiba onde empreender

As startups brasileiras estão concentradas na região sudeste do país, especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No entanto, a capital que possui maior número de startups por habitantes é Florianópolis, no estado de Santa Catarina.

Então, qual lugar escolher para começar a empreender? A resposta, é claro, depende de muita pesquisa. Depois de selecionados o estado e a cidade, você também precisará decidir se montará um escritório (se sim, em qual bairro) ou se trabalhará no esquema de home office.

3. Busque investimento

Caso não seja possível crescer apenas com o fluxo de caixa da sua startup, será necessário buscar investimento. Uma boa opção é contar com um investidor anjo, que geralmente apoia projetos em fase inicial. Outras soluções são o crowdfunding (financiamento coletivo) e os incentivos fiscais fornecidos pelas prefeituras municipais.

4. Prepare-se juridicamente

Apesar de toda a inovação das startups, elas não deixam de ser empresas — o que significa que estar preparado juridicamente também é de extrema importância. Busque auxílio profissional, faça contratos sempre de acordo com as legislações (com clientes e, principalmente, sócios) e garanta a segurança da sua empresa.

Assim, atuar no segmento de startups é um caminho promissor para quem está entrando no mercado de trabalho e já tem claro seu objetivo profissional — conseguir uma boa colocação ou empreender.

No primeiro caso, é importante analisar se você tem ou se precisa desenvolver habilidades valorizadas nesse mercado: criatividade, capacidade de lidar com incertezas e perfil multidisciplinar.

Por outro lado, se o seu sonho é fundar a sua própria startup, fique atento aos passos que listamos aqui: ter uma ideia disruptiva, saber onde empreender, buscar investimentos e preparar-se juridicamente.

Gostou deste conteúdo? Lembrou-se de outras habilidades necessárias para trabalhar em uma startup? Então deixe um comentário neste texto e compartilhe com a gente a sua opinião sobre o assunto!

 

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