Uma quantidade enorme de matérias para estudar e você não sabe nem por onde começar. Leituras infinitas com tanta informação que em 5 minutos depois de ler, todo o conteúdo já foi embora da sua cabeça. Parece familiar?
Temos quase 100% de certeza de que você se identificou com as situações acima. Também, pudera: o ensino médio pode até ser uma das épocas mais incríveis da vida, mas tem potencial para ser estressante com tantas disciplinas que se desdobram em conteúdos que não param de brotar.
Mas e se houvesse uma forma de fazer com que você organizasse seu pensamento, entendesse efetivamente o que está estudando e memorizasse melhor o conteúdo? Mais ainda, e se esse método fosse criativo e divertido?
Se você duvida que uma técnica assim exista, temos o prazer de informar que existe, sim! A metodologia dos mapas mentais, desenvolvida pelo psicólogo inglês Tony Buzan nos anos 1970, é a sua nova melhor amiga. Usar mapas mentais para estudar pode potencializar, e muito, seus resultados.
Ela se destaca entre as técnicas de ordenamento de informação por permitir representar nossas ideias e pensamentos lançando mão, de maneira harmônica e estratégica, das funções cognitivas dos dois hemisférios cerebrais.
Quando criamos um mapa mental, uma ligação eletroquímica entre os hemisférios cerebrais é produzida e faz com que todas as nossas capacidades cognitivas se concentrem em um mesmo objetivo e trabalhem juntas pelo mesmo propósito.
Tudo isso acontece porque o método que Buzan propõe respeita e segue a maneira natural como nosso cérebro armazena informações nos neurônios, por associações. É como se nossas ideias se desenhassem como uma teia de aranha, uma rede de pesca ou mesmo uma árvore com vários galhos e ramificações que partem do núcleo para as extremidades.
Fazer mapas mentais é justamente perseguir esse desenho para tirar o máximo proveito do seu cérebro.
Quais são as vantagens de usar mapas mentais para estudar?
Como você deve ter percebido até aqui, mapas mentais são espécies de diagramas utilizados para elaboração e representação de ideias, conceitos, tarefas ou outros. Eles se estruturam a partir de uma ideia central, sendo as informações relacionadas a ela irradiadas, ou seja, dispostas ao seu redor.
A partir deles, é possível gerar, visualizar e classificar informações em um esquema de reconhecimento rápido que facilita a memorização. Os mapas mentais são alternativas mais dinâmicas e interessantes às anotações tradicionais, em massas de texto, da esquerda para a direita e de cima para baixo.
Com o sistema radial de representação, que acompanha nosso pensamento, as ideias secundárias, terciárias e os desdobramentos vão se apresentando de maneira natural. Você deve separá-las por cores, usar imagens, sinais gráficos e o que mais for preciso para auxiliar na assimilação.
E por que esse método é tão interessante? Porque enquanto nos dedicamos a fazer as associações, o nosso cérebro, sem forçar a barra, vai desenvolvendo a percepção de vários aspectos de um assunto, consegue aprimorar a memorização ao conectar ideias essenciais e a estrutura visual/imagens, automaticamente organiza e hierarquiza conhecimentos, desenvolve a capacidade de síntese e objetividade, mas de forma criativa.
Ainda não se convenceu? De uma maneira resumida, esses são alguns dos benefícios da técnica:
- Reduz o estresse que o excesso de informação causa nos estudantes, diminuindo também a ansiedade;
- Oferece maior controle dos processos criativos e analíticos;
- Funciona bem para qualquer área do conhecimento, desde fatos que se desdobram na História às formulas da Física;
- Tornam o estudo menos enfadonho por serem mais perceptivos e interessantes;
- Por consequência, impulsionam a produtividade.
Ok, provavelmente você agora se tornou fã dos mapas mentais, não é mesmo? Mas paira a dúvida: como fazê-los?
4 passos para um mapa mental eficiente
Há uma coisa sobre mapas mentais que você precisa saber: conceitualmente, eles parecem complicados, mas são bem intuitivos e fáceis de fazer. Ou seja: uma vez que você pegar o jeito, tudo vai fluir e você provavelmente só vai querer estudar dessa forma.
Vamos listar, aqui, 4 passos para você criar mapas mentais eficientes e tirar o máximo de proveito da técnica.
Passo 1
Depois de ler o texto sobre o conteúdo que você precisa estudar, destaque as palavras e ideias chave para criar seu mapa mental. Comece em uma folha de papel sem pauta escrevendo a ideia que é a base bem no centro da folha.
O núcleo será de onde as ideias vão partir, por exemplo, “Segunda Guerra Mundial”, de História, “Tipos de Vegetação no Brasil”, de Geografia, ou “Teorema de Pitágoras”, de Matemática.
Passo 2
Usando cores diferentes, vá puxando subtópicos para fora em relação ao eixo central. Se for o estudo de Geografia que já citamos, por exemplo, cada cor pode representar um tipo de vegetação diferente a ser explorado, e as anotações que se ramificarem devem seguir essa família de cor.
Mas por que isso é tão importante? Porque são esses sinais (cores, formas) que vão ajudar seu cérebro a separar, agrupar e perseguir informações com menos esforço. Por isso, é importante também usar letras grandes e legíveis, de preferência de forma, e abreviar palavras para sintetizar melhor o diagrama. Nossa memória fotográfica é poderosa!
Passo 3
Vá escrevendo seu mapa mental do centro para as extremidades, quebrando níveis de acordo com o grau de importância da informação. Vamos supor: no caso do Teorema de Pitágoras, é possível incluir tópicos de segundo nível como “o que é?” e “para que serve?”, que vão se desdobrar em um terceiro nível, com as respostas a essas perguntas.
É essencial categorizar e hierarquizar informações para que você dê conta tanto de ter uma visão mais geral sobre o assunto quanto aprofundar em cada uma das ramificações sem dificuldades.
Passo 4
Use imagens, desenhos, símbolos. Esses recursos visuais vão ajudar seu cérebro nas associações que ele precisa fazer para processar os conteúdos. No mapa mental sobre a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, vale desenhar as bandeiras dos países envolvidos.
E, relaxa, não precisa se preocupar em fazer algo esteticamente perfeito. Ele precisa funcionar para você e pronto. Mais importante que fazer uma verdadeira obra de arte é o próprio exercício do desenho, que tem grande poder cognitivo.
Então, vai recorrer aos mapas mentais para estudar? Organizando visualmente as suas ideias, você também vai estar exercitando seu senso crítico e capacidade de fazer conexões, uma das habilidade mais valorizadas na hora de fazer o vestibular ou no próprio mercado de trabalho.
Mãos à obra, nada de preguiça! Folha em branco, canetas coloridas, disposição e criatividade. Tanto fazer os mapas mentais pode ser um exercício bem gostoso quanto estudar por eles depois vai ser bem mais fácil e prazeroso.
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Porque são esses sinais (cores, formas) que vão ajudar seu cérebro a separar, agrupar e perseguir informações com menos esforço