O futuro é agora: tudo que você precisa saber sobre a Indústria 4.0

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Não faltam por aí notícias sobre como o mercado de trabalho está cada vez mais acirrado. A quantidade de alunos saindo das salas de aula das faculdades com um diploma de graduação na mão é cada vez maior. Se, por um lado, isso significa que essas pessoas terão uma chance maior de conquistar sucesso profissional, por outro lado significa que elas estão em uma grande competição pelas melhores vagas, que são poucas.

Para conquistar essas vagas, não basta ser um profissional do presente; é preciso ser um profissional do futuro — e o futuro é a Indústria 4.0.

Ela é o novo estágio da economia e as empresas buscam profissionais que estejam prontos para tomar parte nessa realidade que está se formando rapidamente. Neste post, vamos explicar tudo que você precisa saber sobre a Indústria 4.0 e, ainda, como você pode se preparar para ela. Então, fique atento e boa leitura!

Afinal, o que é a indústria 4.0?

A Indústria 4.0, também chamada de Quarta Revolução Industrial, é uma transformação na maneira como são fabricados produtos, provocada pela digitalização da manufatura. Ela é um aprofundamento do que começou na Terceira Revolução, com a adoção de computadores e a automação. Agora, os elementos-chave do processo de mudança são sistemas inteligentes e autônomos.

Durante a Indústria 3.0, os computadores foram introduzidos na manufatura, provocando uma grande revolução na maneira como as atividades eram organizadas e executadas. Agora, esses computadores estão conectados e trocam informações entre si; o resultado é a criação do que se chama de “fábrica inteligente”, na qual a intervenção humana nos processos é mínima.

Segundo o relatório WEF Operating Models for the Future of Consumption 2018, existem três forças por trás do surgimento e expansão da Indústria 4.0. São elas:

  • tecnologias disruptivas;

  • proliferação dos novos modelos de negócios;

  • consumidores empoderados.

Além disso, alguns elementos importantes que dão força à Indústria 4.0 são Internet of Things (IoT), computação em nuvem, Big Data, aparelhos e aplicações móveis e as mídias sociais.

Um dos melhores exemplos de uma empresa que obteve sucesso na transformação digital e tornou-se modelo é a Audi, empresa do segmento automotivo que vem apresentando avanços significativos na implementação de uma fábrica inteligente. Por toda a linha de produção, não é visto nem um operário, pois todos os processos são executados de maneira autônoma por meio da tecnologia.

Apesar de todos os termos técnicos, o fato é que a Indústria 4.0 abre passagem para uma abordagem mais holística da manufatura. Isso porque facilita a colaboração entre diferentes departamentos e equipes, entre a empresa e seus parceiros. Além disso, também empodera os gestores para que tenham uma visão mais ampla dos processos, o que leva a tomadas de decisão mais corretas.

As novas oportunidades de mudança e de mercado

A Indústria 4.0 abre a porta para novas oportunidades. Algumas têm a ver com a mudança dentro dos modelos de negócio que já existem e outras têm a ver com criação de novos nichos de mercado.

Oportunidades de mudança

Com a Indústria 4.0, as empresas podem melhorar sua produtividade, reduzir riscos, ganhar vantagem competitiva e muito mais.

Os dados gerados pelas máquinas apontam onde estão gargalos de produção que poderiam não ser observados facilmente. Identificando e eliminando esses gargalos, a produtividade aumenta.

Com esses dados, também é possível prever problemas na linha de produção antes que eles efetivamente aconteçam e, assim, tomar medidas para evitar situações críticas.

Os dados gerados pelos produtos, por sua vez, são usados para entender o comportamento dos consumidores. Dessa maneira, as empresas conseguem identificar preferências e tendências para novos produtos que vão conquistar os clientes e, assim, ficam à frente da concorrência.

As plataformas digitais são outro bom exemplo. Elas permitem aproximar o cliente da empresa, de maneira que ele possa interferir diretamente na manufatura, personalizando o produto que vai receber.

Como é possível notar, existem incontáveis oportunidades para a mudança dentro da empresa a partir da Indústria 4.0. Para identificá-las, é preciso adotar boas práticas de inovação.

Oportunidades de mercado

Embora a própria definição de Indústria 4.0 leve a pensar em indústrias do tipo que fabricam carros ou medicamentos a verdade é que o conceito aplica-se extensivamente a qualquer setor de negócios, seja de produtos ou serviços. Isso é importante porque as principais oportunidades de mercado geradas pela Indústria 4.0 não surgem, necessariamente, em empresas onde existe um “chão de fábrica”.

Existem diferentes exemplos para entender melhor: Uber, Netflix, Spotify, iFood, NuBank. Todas elas criaram novos nichos de mercado e também derrubaram nichos mais tradicionais. Podem não ter uma linha de produção, mas os elementos por trás da Indústria 4.0 estão presentes em tudo que fazem.

Oportunidades para o profissional

Ao mesmo tempo em que muitas oportunidades surgem para as empresas por meio do avanço da Indústria 4.0, também surgem novos campos para atuação profissional. São as chamadas “profissões do futuro”.

A empresa de recrutamento e seleção Robert Half fez um levantamento das profissões do futuro no final de 2018 e, pela lista resultante, fica claro que a Indústria 4.0 tem grande impacto nas demandas do mercado de trabalho. Entre as doze profissões apontadas, estão:

  • desenvolvedor de aplicações móveis;

  • arquiteto de dados;

  • analista de inteligência de negócios;

  • estrategista digital;

  • analista de negócios.

Essa não é a realidade apenas das grandes cidades. Mesmo em cidades menores, já vemos reflexos desse paradigma. Por exemplo, uma das profissões em alta em Itapiranga, município de Santa Catarina, é a de Engenheiro de Produção. Esse é um profissional habilitado para a implementação dos elementos da Indústria 4.0 na manufatura.

Os riscos e obstáculos

As oportunidades geradas pela Indústria 4.0 vêm acompanhadas de riscos e obstáculos. O grande desafio das empresas é mitigar os riscos e eliminar os obstáculos para alcançar o sucesso nessa nova realidade. E, é claro, as organizações valorizam muito qualquer profissional que possa ajudá-las nessa missão.

Riscos

Um dos riscos mais proeminentes da Era Digital diz respeito à segurança de dados. Quando dados vazam, intencionalmente ou não, ou são obtidos por agentes externos, as consequências são graves. Se as informações dizem respeito à própria empresa, ela ficará mais vulnerável à concorrência; se dizem respeito aos clientes ou outros terceiros, ela será confrontada com sanções legais. Recentemente, Facebook e Twitter foram convidados a prestar esclarecimentos diante do senado americano justamente por causa de suas políticas obscuras quanto ao destino dos dados dos usuários.

É por esse motivo que algumas profissões em alta no momento são justamente aquelas que se especializam em descobrir maneiras de manter os dados protegidos.

Outro risco diz respeito à rápida obsolescência; ou seja, ao fato de que a economia muda tão rapidamente que um produto ou serviço pode ficar obsoleto em pouco tempo. Para evitar que isso aconteça, é preciso monitorar e analisar cuidadosamente o comportamento dos consumidores, os concorrentes, as novas tecnologias que surgem. Para isso, profissionais especializados em análise de dados são muito bem-vindos nas organizações.

Obstáculos

A implementação de mudanças levando as empresas para a realidade da Indústria 4.0 enfrenta alguns obstáculos, sendo que os principais são:

  • falta de apoio dos colaboradores;

  • falta de expertise;

  • falta de estratégia;

  • falta de recursos.

Naturalmente, as empresas precisam contar com profissionais que ajudem a suprir cada uma dessas lacunas. Essa é uma excelente notícia, pois há espaço para muito mais do que profissionais de TI nesse círculo.

  • profissionais de RH, por exemplo, podem ajudar a alinhar a equipe favoravelmente à transformação digital;

  • profissionais de marketing, vendas, atendimento ao cliente, supply chain ou finanças podem ajudar a otimizar o desempenho financeiro da empresa, liberando recursos para o investimento nas tecnologias da Indústria 4.0;

  • profissionais de gestão, em geral, podem participar da elaboração de uma estratégia de negócio na qual a tecnologia ocupe um papel central, e a elaborar um modelo disruptivo de negócio.

Perceba que, enquanto entender a tecnologia da informação é essencial na nova etapa da economia, não é preciso atuar diretamente na área para tomar parte na Era Digital das empresas.

Objetivos profissionais e a revolução 4.0: como se organizar?

O primeiro passo foi dado: entender a Indústria 4.0 e o que ela representa para a economia. Agora, é hora de pensar esse assunto do seu ponto de vista: o de um profissional que deseja alcançar o sucesso na carreira no meio dessa grande revolução.

A principal questão é como você vai organizar seus objetivos profissionais, levando em consideração a nova realidade. E precisamos começar declarando que, se os seus objetivos atuais envolvem ocupar um cargo operacional durante toda sua carreira, cuidado: essa possibilidade está ameaçada.

Como já vimos, as novas tecnologias são capazes de desempenhar as atividades operacionais sozinhas e, portanto, esses cargos tendem a desaparecer. Por isso, você deve estabelecer objetivos mais audaciosos.

Na revolução 4.0, seu objetivo profissional deve direcioná-lo para o crescimento contínuo, não apenas em cargos e salários, mas em conhecimentos, habilidades e competências. Tenha em mente que a tecnologia avança rapidamente, em ciclos de mudança cada vez mais curtos. É preciso estar atento para acompanhar esses ciclos.

É por isso que pessoas de sucesso, como Elon Musk — conhecido por ser um inovador que fundou uma empresa pioneira de pagamentos online, uma montadora de carros elétricos e uma companhia de exploração espacial — advogam pela importância de continuar aprendendo, mesmo quando se está estabelecido na carreira.

Seu objetivo profissional também precisa direcioná-lo para rumos menos tradicionais. Enquanto você pode nunca ter ouvido falar de “especialista em experiência do usuário” ou “analista de compliance”, essas são profissões que surgem na esteira das mudanças da Era Digital — e elas são promissoras.

Então, em vez de limitar sua própria trajetória ao que é conhecido e considerado seguro, arrisque-se em novas áreas, em que a concorrência ainda é menor e o potencial de retorno para sua carreira é grande.

Finalmente, seu objetivo profissional precisa ser flexível. Aliás, flexibilidade é uma palavra de ordem nas relações de trabalho do século XXI. Mudar de carreira ao longo da vida não é mais visto com dúvidas, mas algo natural para quem deseja continuar avançando profissionalmente.

O segredo está em conduzir essas mudanças em sintonia com os movimentos da própria economia. Afinal, se uma empresa não segue o mesmo caminho ao longo dos anos, sempre revendo sua marca, seus produtos, sua estrutura, para se manter em destaque no mercado, por que você deveria seguir? Trate sua carreira como um empreendedor, e você também vai continuar em destaque no mercado de trabalho por muito tempo.

Você está preparado para o futuro?

Finalmente, é preciso fazer a pergunta: você está preparado para ocupar um lugar na realidade da Indústria 4.0? Essa questão exige um pouco de reflexão. Existem dois pontos principais a considerar.

O primeiro é que, com ela, não entender a tecnologia deixa de ser aceitável. Antes, somente os profissionais de TI precisavam entender de tecnologia e, quando outras pessoas dentro da empresa tinham dúvidas — mesmo as mais simples —, era natural recorrer a eles.

Não se esperava que ninguém soubesse muito sobre redes, bases de dados e outros assuntos técnicos. Isso porque esses elementos eram meramente parte da estrutura de apoio sobre a qual se erguia o negócio.

Agora, a tecnologia já não está mais restrita a um papel de apoio; ela é a protagonista, está no centro da estratégia de negócio das empresas. Então, se você quer ocupar um cargo com mais responsabilidades e poder de decisão, precisa ter um mínimo de conhecimento sobre ela.

O segundo ponto é que, uma vez que a tecnologia pode criar condições para a execução autônoma de uma série de atividades, naturalmente isso reduz as funções nas quais é preciso contar com pessoas. A partir da Indústria 4.0, é apenas nas funções mais estratégicas em que é preciso manter colaboradores. É o caso daquelas que envolvem tomada de decisões, networking e negociação.

Um bom exemplo disso são os departamentos jurídicos e escritórios de advocacia — mais uma prova de que a Indústria 4.0 não se limita à manufatura, em sentido estrito.

Antes, para lidar com um processo grande, era preciso contar com vários advogados trabalhando no levantamento de informações que poderiam ajudar a construir um caso forte e ganhar a ação. Agora, o levantamento dessas informações pode ser feito em segundos por um software.

É necessário ter uma equipe muito menor para dar conta do processo, e nela só são incluídos os advogados que possuem visão para transformar as informações obtidas em uma argumentação vencedora (uma daquelas habilidades que a tecnologia não pode ainda substituir).

Outro bom exemplo disso são as startups, que lideram os avanços na Indústria 4.0. Elas se mantém com equipes extremamente enxutas — aliás, toda a estrutura das startups é enxuta.

Em decorrência desses dois pontos, podemos dizer que, para ter sucesso na carreira na era da Indústria 4.0, você precisa se familiarizar com a tecnologia e se tornar um profissional com perfil estratégico.

Talvez você acredite que está preparado porque você já ocupa um cargo de gestão. No entanto, tal coisa não significa, necessariamente, que você desempenhe um papel estratégico na organização. Existem, por exemplo, muitos gestores cujas atividades são de microgerenciamento; eles controlam o que outros colaboradores fazem. Esse não é um papel estratégico e, de fato, é cada vez menos desejado dentro das empresas.

E talvez você acredite que, por estar bem familiarizado com tecnologias do dia a dia (como os aplicativos do seu celular), você não vai ter dificuldades para se situar na realidade da transformação digital nas empresas. Mais uma vez, essa é uma presunção que pode estar incorreta.

Conhecer tecnologias do dia a dia não é o mesmo que conhecer as tecnologias aplicadas dentro de uma empresa, entender seu funcionamento ou conseguir elaborar ideias disruptivas para o negócio em torno delas.

A boa notícia é que você pode se preparar para o futuro. Na verdade, agora é o momento ideal para rever o rumo da sua vida profissional. É o momento de buscar capacitação e aprender como “surfar na onda” dessa nova realidade.

Formação

Para quem está disposto a encarar uma segunda graduação, vale a pena buscar um curso voltado à Tecnologia da Informação. Afinal, algumas das principais profissões do futuro envolvem atividades de TI, como gestão de Big Data e segurança da informação. São atividades para as quais ainda existe uma lacuna de profissionais bem preparados no Brasil, e quem puder suprir essa lacuna certamente encontrará excelentes oportunidades de emprego.

Outra alternativa é buscar cursos de pós-graduação. Esses cursos são justamente desenvolvidos para ajudar os profissionais a se renovar e avançar na carreira, e buscam estar alinhados às tendências mais atuais do mercado de trabalho. É o lugar ideal para aprender mais sobre o que é e como conquistar o sucesso na Indústria 4.0. Esse é um dos motivos pelos quais pode-se dizer que a pós-graduação é um grande fator de diferenciação e vantagem competitiva para os profissionais.

Escolher a pós-graduação ideal exige que você volte ao item anterior deste post e leia com ainda mais atenção, pois essa escolha deve fazer sentido em relação aos seus objetivos profissionais. Existem muitas opções para escolher, como especializações e MBAs em Gestão Estratégica, Gestão de Projetos, Marketing, Finanças, Inteligência de Mercado, Gestão de Riscos, apenas para mencionar algumas. Com tantas alternativas, você precisa certificar-se de escolher aquela mais condizente com o caminho que pretende dar à sua carreira.

A boa notícia é que, atualmente, não existe desculpa para não investir na própria formação. Mesmo quem não mora perto de uma boa instituição de ensino, ou tem uma rotina muito complicada, pode, sim, levar o curso até o final. Nesses tipos de situação, vale a pena apostar na modalidade de pós-graduação a distância, que permite estudar a qualquer lugar, em qualquer horário. Basta que você tenha motivação e disciplina para os estudos!

Coaching

O coaching pode ser uma boa ferramenta para aprimorar seu perfil profissional e descobrir maneiras de ocupar um espaço mais estratégico na organização em que trabalha. Sim, pois em muitos casos não se trata de receber esse papel, mas de tomar a iniciativa para assumi-lo. Isso exige proatividade e visão, características que você pode desenvolver com muito mais facilidade se tiver a ajuda de um coach.

No entanto, o coaching vai muito além. Ele pode ajudá-lo a criar um plano de carreira mais ajustado à nova realidade, rever seus objetivos e expectativas, bem como repensar os passos que serão necessários para atingi-los. Então, se você está simplesmente um pouco perdido em meio às mudanças provocadas, essa é uma boa maneira de estabelecer um rumo.

Atitude

Nem todos os profissionais estão tecnicamente preparados para a Indústria 4.0, e muitas empresas entendem isso. Então, até pode ser possível conseguir se inserir no mercado de trabalho sem uma grande carga de conhecimentos específicos sobre tecnologia. Porém, tem uma coisa da qual as empresas não abrem mão: a atitude certa.

Nessa nova fase da economia, as empresas buscam algumas atitudes específicas em seus funcionários, como colaboratividade e senso de curiosidade. Esses traços permitem que o funcionário se adapte mais facilmente dentro de uma empresa que acompanha a Indústria 4.0. Por isso, eles já são observados desde o processo de recrutamento e seleção, e podem fazer a diferença entre conquistar, ou não, aquela vaga com a qual você sonha.

A Indústria 4.0 não é um modismo, nem um processo que pode ser revertido. Pelo contrário: ela deve apenas acelerar e se aprofundar ainda mais nos próximos anos. Portanto, as empresas precisam acompanhar as mudanças que ela ocasiona no mercado, ou vão se tornar obsoletas e desaparecer.

É isso, também, que a Indústria 4.0 representa para você, enquanto profissional. No final das contas, ela promove uma competição ainda mais forte no mercado de trabalho e, de maneira geral, exige que os profissionais aprimorem-se, desenvolvendo habilidades e competências para manter sua relevância dentro das organizações.

Uma dessas habilidades é a gestão adequada do tempo. Ela permite aumentar a produtividade do profissional — e, quanto mais produtivo o colaborador, mais resultados ele gera para a empresa. Assim, esse é um traço extremamente valorizado. Quer saber como você pode fazer a gestão do seu tempo? Faça agora o download do nosso e-book gratuito, o Guia Definitivo para aprender a gerir seu tempo e conquistar o mundo!

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