Todo jovem que está chegando ao final do Ensino Médio encontra algumas perguntas importantes pelo caminho, sendo que muitas delas estão relacionadas ao seu futuro. Diante disso, resolvemos reunir tudo sobre a faculdade de Agronomia para aqueles que são interessados na área.
Afinal de contas, esse é um momento de tomar decisões que vão influenciar boa parte da vida. Escolher um curso superior não é algo tão simples para todo mundo, logo, o ideal é cercar-se de informação para tentar facilitar o processo.
E você, já pensou em ser um engenheiro agrônomo? Então, confira como é a graduação e a carreira de quem escolhe esse caminho!
Como funciona a faculdade de Agronomia
Antes de começar a trabalhar, você precisa vencer a etapa dos estudos. Cada curso tem seu estilo — e a faculdade de Agronomia não é uma exceção. Vamos entender melhor como ela funciona?
O curso de bacharelado dura, em média, cinco anos, e é possível encontrá-lo em instituições de ensino que oferecem aulas no período matutino, noturno ou integral. Após sua conclusão, o estudante sai formado como engenheiro agrônomo.
Aliás, a questão da nomenclatura é bem interessante. No dia a dia, usamos o termo “Agronomia” como sinônimo de “Engenharia Agronômica”. Na realidade, ele se refere a uma área mais ampla, que engloba outros cursos como Engenharia de Pesca, Engenharia Agrícola e Engenharia Florestal.
O objetivo do aluno durante a formação
Se você decidiu por essa faculdade, o próximo passo antes de começar a graduação é passar no vestibular. Feito isso, será que pode considerar a missão cumprida e ficar tranquilo? Claro que não!
O aluno em formação precisa manter o foco e ter metas claras. Somente assim é possível aproveitar tudo o que esse período tem a oferecer. Abaixo, veja os três objetivos principais que você deve ter nessa caminhada.
Descobrir sua área de interesse
Durante a faculdade de Agronomia, você deve descobrir qual área tem mais relevância. Depois de identificar o que é mais interessante do seu ponto de vista, comece a direcionar os estudos e as atividades extracurriculares para esse propósito.
Lembre-se de que o engenheiro agrônomo é preparado para desenvolver vários tipos de trabalho, como:
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buscar formas de aumentar a produtividade da lavoura;
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atuar na recuperação do solo;
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desenvolver melhorias nos sistemas de criação de animais;
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realizar o planejamento estratégico para agronegócios.
Esses são alguns exemplos do que você pode fazer depois de formado. Então, seu objetivo durante a graduação é explorar as possibilidades e se aprofundar no estudo daquilo que se encaixa melhor nas suas preferências.
Fortalecer seu networking
Além de adquirir conhecimentos que serão úteis para a sua carreira, outra finalidade importante é começar a estabelecer um networking. Em outras palavras, isso significa fazer uma boa rede de contatos.
O engenheiro agrônomo tem um amplo campo de atuação na iniciativa privada e conhecer as pessoas certas pode ajudá-lo a conquistar ótimas oportunidades de emprego.
Infelizmente, muitos alunos não aproveitam a faculdade para explorar seus relacionamentos e ganhar alguma notoriedade — até porque alguns nem sabem como fazer isso. Se esse é o seu caso, confira algumas dicas:
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participe de eventos dentro e fora da faculdade, como congressos, palestras e simpósios;
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compareça a eventos de integração social, como festas e excursões;
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faça parte de grupos de atividades extracurriculares, clubes e associações estudantis;
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sempre que encontrar alguém com interesses profissionais semelhantes aos seus, troque informações de contato;
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escreva ou ligue para seus conhecidos periodicamente para não perder a comunicação, além de utilizar as redes sociais para isso.
Mesmo que você conheça uma pessoa em um evento informal, como um churrasco de alunos, não perca o foco do networking — apenas tome muito cuidado para não ser impertinente.
Lembre-se de que toda pessoa é capaz de contribuir um pouco com a sua trajetória, sendo ela da mesma área que você ou não. Por isso, criar e manter contato com colegas, professores e outros profissionais pode abrir portas inesperadas!
Desenvolver competências relevantes
Para finalizar, outro objetivo que o aluno deve ter durante sua formação é adquirir competências úteis para sua carreira. Nesse caso, não se trata de conhecimentos acadêmicos, mas sim de habilidades na maneira de se comportar e de se relacionar com outras pessoas.
Para tanto, você precisa transformar as experiências típicas da faculdade — como trabalhos em grupo, projetos de pesquisa e estágios — em situações que favoreçam o desenvolvimento de competências como:
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liderança;
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empatia;
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comunicação;
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proatividade;
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colaboração;
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criatividade.
Esses são exemplos de características muito valorizadas no mercado de trabalho e que acrescentam enormes diferenciais no seu currículo, ou seja, se você apresentar tais qualidades, pode se destacar aos olhos de qualquer empregador e aumentar suas chances de sucesso.
O perfil ideal de profissional para ingressar nessa área
Geralmente, as pessoas dizem que você deve buscar uma carreira em algo que você gosta, certo? Contudo, não é só isso que importa para tomar uma decisão.
Uma das questões que deve considerar é: será que você tem as características necessárias para ser um profissional bem-sucedido e realizado na área de Agronomia? Vamos refletir para descobrir!
Paixão pessoal
Em primeiro lugar, como não poderia deixar de ser, você precisa gostar do campo. É por isso que uma grande parcela dos jovens que escolhem fazer Agronomia vem de famílias que são proprietárias de terras, que vivem da agricultura e da pecuária.
Eles já cresceram tendo um contato muito próximo com essa realidade, colocando a mão na massa ou observado seus familiares trabalharem com isso. Nesse sentido, a paixão é algo que vem do próprio estilo de vida, diferentemente do que acontece no caso de quem só tem um ideal do que é a vida no campo, mas nunca a vivenciou de perto.
Vale a pena dizer também que, nesse ramo profissional, dificilmente você vai escapar de lidar com a terra, as plantas e os animais — mesmo que trabalhe na parte de planejamento e gestão de agronegócios, passando a maior parte do tempo dentro de um escritório.
No fim das contas, se você não tem interesse pelo ambiente rural, isso pode ser uma bandeira vermelha para a faculdade de Agronomia. Porém, como já dissemos, gostar de alguma coisa não é o mesmo que ter vocação. Vamos à segunda característica!
Consciência ambiental
Dentro das tendências atuais, outro fator necessário é que o engenheiro agrônomo demonstre um forte senso de responsabilidade social e ambiental, pois tudo o que ele faz tem um impacto direto no meio ambiente.
Logo, estar antenado e ser interessado em assuntos como sustentabilidade e preservação é essencial. Você sabia, por exemplo, que os consumidores mais jovens podem se recusar a comprar um produto se descobrirem que ele foi produzido sem a devida atenção com a natureza?
Pois é, essa característica não está relacionada somente com os seus valores pessoais. O engenheiro agrônomo deve estar ciente de que uma prática irresponsável pode prejudicar todo o agronegócio em que ele trabalha (ou pretende trabalhar).
Atenção aos detalhes e percepção para melhorias
Para completar, o perfil ideal de profissional na Agronomia envolve um foco em melhoria constante. Pense bem: a agricultura e a pecuária são atividades que o homem desenvolve há milhares de anos.
O que realmente faz com que o engenheiro agrônomo seja uma figura tão importante é a sua capacidade de desenvolver e implementar melhorias nessas atividades. Portanto, você precisa estar sempre ligado em novidades e oportunidades para obter resultados cada vez melhores.
Nem sempre isso quer dizer uma grande inovação, mas, pelo menos, pequenas mudanças que geram um “efeito dominó” positivo. Nesse contexto, os detalhes fazem toda a diferença, e estar constantemente atento a eles é substancial.
As matérias estudadas ao longo do curso
Uma das características mais interessantes da faculdade de Agronomia é que ela é muito interdisciplinar. O estudante vai ter matérias que desenvolvem conhecimentos de Química, Física, Biologia, Matemática, Geografia, Informática e até Desenho Técnico.
No começo do curso, os temas são mais generalistas para dar uma visão geral sobre a carreira. Assim sendo, você vai estudar:
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Introdução à Agronomia;
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Matemática Geral;
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Física Geral;
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Química Analítica;
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Morfologia Vegetal.
Depois, os assuntos começam a ficar cada vez mais específicos. Alguns exemplos são:
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Controle de Pragas de Culturas;
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Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas;
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Nutrição Animal;
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Produção e Manejo de Bovinos de Leite;
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Sistemas de Irrigação e Drenagem.
Importância da leitura
Alguns vestibulandos acham que vão passar os dias lidando com plantas e animais. Só que a realidade da Agronomia não é bem assim. Mesmo que as matérias práticas existam, a companhia mais frequente ao longo do curso será dos livros!
Diante disso, não pense que estará livre da leitura depois de entrar na faculdade. Sua curiosidade e sua dedicação em ler a maior quantidade de conteúdos que for possível serão fundamentais para o seu sucesso.
Diferenças entre as instituições de ensino
A grade curricular de qualquer curso, incluindo Agronomia, muda conforme a instituição escolhida. Esse é um dos aspectos que você precisa avaliar quando for escolher em qual faculdade vai se matricular.
Procure uma escola que tenha uma grade sólida em matérias introdutórias e, ao mesmo tempo, seja rica e diversificada em disciplinas específicas. Contudo, é claro que essa estrutura não é o único fator relevante para fazer sua escolha.
Você também deve estar atento à qualidade do corpo docente, às condições de infraestrutura e à variedade de opções que são oferecidas em atividades extracurriculares. Uma boa faculdade preocupa-se com todos esses pontos.
As aulas teóricas e as matérias práticas
A faculdade de Agronomia tem um forte caráter aplicado, isto é, você aprende técnicas e processos que serão usados em situações reais — o que é diferente de cursos como Letras, Física ou Matemática, os quais são quase 100% focados na teoria.
Só que você também vai ter matérias teóricas, pois elas trazem a base para a aplicação dos conhecimentos. A questão é que a teoria é complementada por matérias práticas, que ensinam a utilizar os aprendizados nas mais diversas situações.
As aulas práticas normalmente acontecem em laboratórios e em áreas destinadas a reproduzir as condições de uma plantação ou criação de animais. O mais importante é garantir a segurança dos alunos, principalmente daqueles que ainda não estão acostumados com essa rotina.
Sendo assim, mesmo que você nunca tenha entrado em um laboratório na vida, pode ficar tranquilo. Um professor sempre estará por perto para orientá-lo.
A melhor dica é tentar relacionar o que você estuda na teoria com as atividades práticas. Você vai perceber que quando fizer um experimento no laboratório, por exemplo, vai aprender muito mais e tudo vai parecer mais claro porque não vai ficar limitado a descobrir somente o que acontece — vai entender o porquê e como.
No futuro, quando tiver que realizar atividades parecidas sem a presença de uma pessoa mais experiente, você vai ter mais segurança e independência para exercer sua profissão. Por conta disso, não deixe de se esforçar nesse tipo de experiência e compareça às aulas práticas com bastante atenção.
A necessidade de realizar um estágio supervisionado
Para concluir a faculdade de Agronomia é obrigatório completar um estágio supervisionado. O que é isso? Uma etapa em que você exerce algumas atividades dentro de uma empresa ligada ao seu campo de estudo, tendo a supervisão de funcionários e, ainda, a orientação de um professor.
O principal objetivo do estágio supervisionado é oferecer uma situação da vida real para que cada estudante possa aplicar os conhecimentos adquiridos no curso.
É muito diferente de uma aula prática dentro da faculdade, em que o ambiente é controlado para que tudo dê certo. No estágio, você enfrenta obstáculos reais e desafios profissionais — e é preciso desenvolver novas habilidades para conseguir atingir os objetivos propostos.
Acredite: jogo de cintura para lidar com imprevistos é indispensável para qualquer pessoa! Além de uma importante ferramenta de aprendizado, o estágio supervisionado também pode ser uma porta de entrada para o mercado de trabalho.
Se você apresenta um bom desempenho, talvez receba uma proposta para continuar na empresa depois de se formar (como um funcionário registrado) ou consiga uma boa indicação para outra vaga. Muitas pessoas conseguem seu primeiro emprego dessa maneira.
Outro detalhe importante é que os estágios remunerados oferecem uma solução para o aluno que precisa de dinheiro para bancar a faculdade. Conciliar os estudos com o trabalho é um sacrifício que vale muito a pena quando realizado com boa vontade.
Inclusive, por ser uma prática relacionada ao curso, o estágio até ajuda a entender melhor algumas matérias e conseguir notas mais altas.
As principais possibilidades de atuação para o formado
Você terminou a faculdade e chegou ao mercado de trabalho. Nesse momento, quais são as suas opções? Vamos destacar aqui três dos principais caminhos que você pode seguir.
Engenheiro Agrônomo
Uma das alternativas é trabalhar em cargos mais técnicos. Assim, você vai lidar diretamente com as plantações e criações de animais, executando métodos para garantir melhores resultados.
Quem faz essa opção encontra uma vida profissional extremamente dinâmica. Não existe maneira de definir a “rotina típica” de um engenheiro agrônomo em campo, pois cada dia traz novos desafios. Afinal, você vai trabalhar diretamente com a natureza e suas imprevisibilidades.
Gestor de Agronegócios
Outra possibilidade é complementar sua formação com cursos de gestão (por exemplo, com uma especialização ou um MBA). Dessa maneira, você pode ocupar posições estratégicas dentro de empresas do setor de agronegócios.
Como gestor, você deve estar preparado para tomar grandes decisões e conduzir uma equipe de trabalho. Vai atuar, por exemplo, negociando grandes contratos de compra e venda de insumos ou planejando o investimento em novas alternativas de plantação.
Se você gosta de estar à frente dos negócios e tem perfil de liderança, essa realmente pode ser a melhor escolha.
Pesquisador
Além disso, há a alternativa de trabalhar em laboratórios, pesquisando maneiras de aprimorar o desenvolvimento da agricultura e da pecuária.
Esse é um trajeto profissional que exige um perfil meticuloso e paciente. Grandes avanços não acontecem da noite para o dia, e a dedicação aos estudos é um ingrediente primordial, na medida em que é preciso estar sempre atualizado sobre as inovações e descobertas que influenciam o seu mercado.
Mesmo assim, é emocionante saber que você pode ser o responsável por encontrar respostas para os principais problemas encontrados na agricultura e na pecuária. Quem sabe conseguirá criar uma forma de controle de pragas nas lavouras ou um meio para manter os animais saudáveis em um criadouro sem grandes custos?
A demanda por profissionais qualificados
A demanda por profissionais formados na faculdade de Agronomia é alta. No entanto, existe uma grande verdade: o que o mercado procura não é simplesmente quem tem um diploma na área.
É preciso ser muito bem qualificado se quiser garantir seu lugar na disputa pelas melhores vagas e por uma boa oportunidade de crescer na carreira. A seguir, confira algumas exigências comuns.
Formação principal
Antes de mais nada, é importante ter uma formação sólida. Isso significa buscar uma boa faculdade para fazer a graduação, tendo o cuidado de saber que uma má escolha é capaz de afetar a maneira como você será visto em entrevistas de emprego.
Várias instituições de ensino superior estão surgindo no país e, infelizmente, nem todas têm o mesmo rigor na preparação dos seus alunos. Portanto, estar associado ao nome de uma instituição reconhecida pela excelência do ensino é uma maneira de sair na frente. Fique atento para entender melhor esse ponto mais adiante.
Formação complementar
Em segundo lugar, também é necessário buscar maneiras de complementar seu currículo. Além da graduação em Agronomia, vale a pena investir em cursos livres (para se aprofundar em assuntos relevantes), de idiomas e, até mesmo, de informática.
Se possível, inicie uma pós-graduação o quanto antes a fim de obter conhecimento especializado na área que pretende atuar. Outra dica é participar de eventos do setor e estar conectado com as tendências.
Tudo vai depender dos seus objetivos futuros. Por exemplo, dominar uma língua estrangeira é um diferencial para quem deseja seguir uma carreira de gestão em agronegócios.
Como o Brasil é um dos maiores exportadores de produtos agrícolas, negociar com compradores do exterior será uma atividade frequente. Para que isso seja possível, é claro, você precisa saber se comunicar com eles. Nesse sentido, inglês é o primeiro idioma que você precisa aprender — depois, espanhol e mandarim são boas apostas.
Experiência
Muitos jovens recém-formados sentem um frio na barriga na hora de escrever o primeiro currículo, pois acham que não têm nada para colocar no item “experiência”. Porém, fique tranquilo, pois mesmo quem nunca teve carteira registrada pode preencher essa seção com informações que podem causar uma ótima impressão.
Quando você começar a carreira em Agronomia e ainda não tiver experiência de trabalho formal, é possível buscar alternativas para demonstrar sua qualificação e seu interesse pela área.
Estágios, trabalhos voluntários e atividades acadêmicas com foco profissional — como as empresas júnior voltadas para o empreendedorismo universitário — são bons exemplos.
Fazer intercâmbio também ajuda. A vivência no exterior permite que você tenha contato com uma cultura diferente, reprogramando sua maneira de pensar e viver. É ótimo para aumentar o senso crítico e ajudar na independência, o que é valorizado pelos empregadores.
Para os jovens que cresceram dentro de fazendas, essa prática de ajudar a família a cuidar de todo o ambiente será muito valorizada nesse início de carreira. Ainda que não seja um emprego formal, não deixa de representar um aprendizado que pode ser traduzido como uma vantagem na hora de encarar a competição por vagas.
Registro profissional
Como já vimos no começo do post, a faculdade de Agronomia forma engenheiros agrônomos. E todo engenheiro precisa ter um registro profissional no órgão de classe, o CREA — Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura.
Para obter esse registro, não é preciso fazer nenhum exame, somente cumprir os critérios burocráticos para garantir um documento que viabilize sua atuação legal no mercado de trabalho.
A fim de entender melhor, um engenheiro agrônomo sem registro no CREA é como um advogado que não passou na OAB: apenas um bacharel, que acaba trabalhando em cargos de assistente.
No fim das contas, tudo se resume a dar um passo a mais e não se acomodar, achando que já fez o suficiente. Milhares de pessoas se formam todos os anos, mas apenas aquelas que têm um diferencial é que vão alcançar o sucesso profissional.
Demanda e salário
Não importa qual o caminho escolhido, você poderá contar com um mercado de trabalho aquecido — nós vivemos em um país que tem uma economia sustentada primariamente pelo agronegócio. Por conta disso, existe uma grande demanda por bons engenheiros agrônomos, especialmente nas regiões sul e centro-oeste do Brasil.
Como referência, segundo o Guia de Profissões e Salários da Catho, a média salarial de um engenheiro agrônomo é de R$ 4.959,58 no nosso país.
O crescimento constante do mercado no Brasil
Nós falamos bastante sobre as muitas oportunidades profissionais que a faculdade de Agronomia oferece. Agora, antes de terminar o post, que tal ver algumas informações sobre como os agronegócios — e, claro, o mercado de trabalho para engenheiros agrônomos — vêm crescendo em nosso país?
O estudo Outlook FIESP 2026, realizado para trazer projeções sobre o agronegócio ao longo da década de 2017 a 2026, traz números interessantes, tais como:
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estimativa de crescimento anual de 4,6% na participação do Brasil nas exportações mundiais de soja;
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crescimento de 8,8% na participação do país nas exportações mundiais de milho;
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projeção de alta de 2,2% por ano na participação do Brasil nas exportações mundiais de açúcar;
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crescimento anual de 4,5% na participação brasileira nas exportações mundiais de carne bovina;
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projeção de crescimento anual de 3% na participação do Brasil nas exportações mundiais de carne suína.
Além disso, dados do CAGED — Cadastro Geral de Empregados e Desempregados — para o primeiro semestre de 2017 apontaram que o setor agropecuário foi o responsável por puxar a oferta de empregos no período. Apenas no mês de junho, o setor gerou mais de 36 mil postos de trabalho.
Com esses dados fica mais fácil entender por que a faculdade de Agronomia é uma boa opção para quem valoriza estabilidade e segurança a longo prazo, não é mesmo?
A importância da escolha da instituição de ensino
Conforme mencionamos, a formação é um dos elementos considerados pelos recrutadores na hora de contratar um profissional. Por isso, fazer a faculdade de Agronomia em uma boa instituição de ensino é crucial.
Entretanto, não se trata apenas disso. Na sequência, conheça outros motivos pelos quais você deve tomar cuidado na hora de escolher onde vai estudar.
Para ter acesso a um networking de qualidade
Em geral, os melhores estudantes vão para as melhores instituições de ensino, certo? E esses estudantes de hoje são os profissionais de sucesso de amanhã.
Assim, quando você escolhe uma boa instituição de ensino, está garantindo que vai estar no lugar certo para ter acesso a um networking de qualidade, com contatos de alto potencial.
No futuro, seus amigos de faculdade poderão aproximá-lo de excelentes oportunidades profissionais, e todo o ambiente se apresenta favorável para que uma excelente troca de experiências aconteça.
Para ter uma porta de entrada no mercado
As grandes empresas estão sempre de olho nas faculdades (especialmente nas boas) para conseguir novos colaboradores. Então, ao optar pela qualidade, você está investindo também na sua visibilidade.
Melhor ainda quando a própria instituição incentiva a aproximação da comunidade acadêmica com o meio profissional. Aí sim fica muito mais fácil ingressar no mercado de trabalho depois da graduação — as parcerias de estágio são exemplos perfeitos disso.
Para explorar todo o seu potencial
Com certeza, você é um estudante cheio de potencial. Infelizmente, trazer esse talento todo para fora não é algo que você pode fazer exclusivamente por conta própria.
É claro que depende muito do seu esforço, mas contar com um ambiente estimulante e cheio de oportunidades também é fundamental. Se você não escolhe sua faculdade com cuidado, pode acabar em uma instituição que não oferece nenhum desafio e não é capaz de ajudá-lo a aproveitar suas potencialidades. Que desperdício, hein?
Dicas para escolher a faculdade de Agronomia
Você já viu porque é importante escolher com cuidado a instituição de ensino para fazer a faculdade de Agronomia (ou, na verdade, qualquer outro curso). Nos próximos itens, você vai ver como tomar essa decisão a partir de critérios importantes. Vamos lá?
Reputação
Observe se a reputação da instituição é positiva pelas referências que conseguir dela. O que as pessoas falam? A percepção geral é de que se trata de uma boa faculdade? O mercado de trabalho costuma absorver os ex-alunos dela? O índice de empregabilidade é alto?
Quando uma instituição tem má reputação, ao apresentar seu currículo com o nome dela estampado, ele acaba se desvalorizando aos olhos dos empregadores.
Sendo assim, procure saber sobre a credibilidade da instituição conversando com amigos, professores e conhecidos. A internet é outra ferramenta muito útil para isso, principalmente para ver se os comentários são favoráveis ou não.
Infraestrutura
A infraestrutura é outro fator que tem um forte impacto sobre sua experiência de aprendizado. É preciso verificar o que ela oferece: uma biblioteca rica em conteúdos? Um laboratório de informática com equipamentos atualizados? Salas de aula conservadas, bem iluminadas e arejadas? Espaços de convivência entre os alunos? Todos os materiais de apoio que o seu curso requer?
Leve em consideração que, durante a graduação, você vai passar várias horas por dia na faculdade. Logo, é natural querer um ambiente de qualidade para aproveitar seu tempo da melhor maneira possível.
Corpo docente
O corpo docente é, possivelmente, um dos elementos mais significativos na escolha da instituição de ensino ideal. Você vai querer fazer seu curso de Agronomia estudando com professores que realmente sabem do que estão falando, por isso deve pesquisar sobre eles antes de se matricular.
Uma boa faculdade tem um corpo docente formado por profissionais com formação e experiência diferenciadas. Um dos critérios, então, é verificar quantos dos professores têm mestrado e doutorado. O outro é averiguar se eles já ocuparam cargos de responsabilidade em grandes empresas ou órgãos públicos.
Resumindo, quanto melhor for o currículo dos professores, mais eles poderão contribuir para o seu aprendizado. Somado a uma metodologia diferenciada, é difícil que essa combinação não favoreça o seu sucesso.
Grade curricular
Quais são as matérias que compõem o curso de Agronomia? Qual é a carga horária de cada uma delas? Essas são perguntas relevantes para escolher o seu curso, já que a grade curricular pode variar entre as faculdades. Sua missão é encontrar aquela que é mais completa e atualizada ou, ainda, que combina mais com seus interesses e objetivos pessoais.
Outros benefícios
Depois de avaliar os itens básicos que já listamos, é hora de verificar se a instituição oferece outros benefícios aos estudantes. Veja alguns exemplos:
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programa de intercâmbio com instituições do exterior;
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feiras de trabalho, aproximando os alunos de grandes recrutadores;
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parcerias com empresas para estágios e outros aprendizados;
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oportunidades de trabalho em empresas júnior ou monitorias de disciplinas;
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alternativas para o pagamento da faculdade, como bolsas de estudo ou financiamentos estudantis.
Avaliação do MEC
Periodicamente, o Ministério da Educação (MEC) avalia as instituições de ensino levando em consideração vários fatores. A pontuação máxima é a nota 5, que deve servir de referência para você.
Embora essa avaliação não seja o único ponto a ser considerado, vale a pena ficar atento a ela, porque as instituições que recebem as piores notas podem ser descredenciadas. Quando isso acontece, o diploma emitido por elas deixa de ter qualquer valor — o que deve prejudicar sua atuação no mercado.
Depois da faculdade
Você escolheu uma boa instituição de ensino para fazer a faculdade de Agronomia e terminou a graduação com sucesso. Será que sua jornada de formação acabou? Ainda não! Na verdade, ela nunca acaba.
Assim que puder, não deixe de investir em uma pós-graduação. Além da pós stricto sensu (mestrado e doutorado), você também pode fazer especializações que vão trazer um conhecimento adicional sobre um campo específico. Confira alguns exemplos de temas que podem ser estudados:
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gestão de agronegócios — aprenda a administrar empresas relacionadas ao setor agrário;
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Direito Ambiental — entenda o que as leis dizem sobre as atividades que afetam o meio ambiente, inclusive as atividades agrárias;
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projetos sustentáveis — descubra como conduzir projetos para o agronegócio de uma forma que minimize os impactos ecológicos;
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tecnologia na produção de sementes — saiba quais são as melhores práticas para produzir sementes e, assim, otimizar a produção da lavoura;
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produção vegetal — aprenda a implantar melhorias para deixar seu negócio cada vez mais produtivo;
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Engenharia Rural — saiba como atuar nas questões relacionadas a economia do negócio, tecnologias de colheita, fertilidade de solos, automação de sistemas agrícolas, entre outros.
Tenha em mente que o profissional pós-graduado pode ganhar até 118% mais. Vale a pena investir, você não acha?
Enfim, agora que você já aprendeu tantas coisas sobre a faculdade de Agronomia e a realidade da área, provavelmente está mais preparado para tomar sua decisão. Será que esse é mesmo o caminho certo para você? Seja cauteloso na sua escolha!
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