Como a formação em EAD é vista pelo mercado de trabalho?

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Estudar em casa virou sinônimo de flexibilidade, por isso as matrículas em cursos na modalidade EAD têm crescido nos últimos tempos. A chegada da pandemia mudou ainda mais o olhar a respeito do online, levando mais pessoas a conhecerem suas vantagens. No entanto, você já se perguntou como é visto o EAD no mercado de trabalho?

Entender até que ponto a modalidade influencia na sua preparação e o nível de empregabilidade é importante. Por isso, antes de fazer qualquer escolha sobre graduação ou pós, leve isso em consideração.

O assunto é relevante, por isso conversamos com Ricardo Werlang, coordenador de Educação a Distância da UCEFF, que nos ajudou a entender melhor toda essa relação. Acompanhe a seguir!

Como funciona a formação EAD?

O estudo a distância funciona de forma prática. No geral, basta uma internet e um dispositivo, como notebook ou smartphone, para acompanhar as aulas. 

“Cada instituição tem suas particularidades, mas o EAD é caracterizado por possibilitar autonomia ao estudante. Ele tem o acesso a um ambiente virtual, que é uma plataforma EAD, onde estão conteúdos, trilhas de aprendizagem, atividades, salas virtuais. É lá que acontecem as aulas; o professor explica o conteúdo e tira as dúvidas. Muitos lugares também têm um fórum, no qual os colegas interagem e entram em contato com o tutor”, completa Ricardo.

Dentro dessa modalidade também encontramos o ensino híbrido, uma mistura de aulas presenciais e a distância, proporcionando ao estudante um misto de vantagens, com a possibilidade das atividades práticas, junto de mais flexibilidade.

O ensino EAD na UCEFF conta com as duas possibilidades: cursos 100% online e os de ensino híbrido. Neste último, o aluno precisa se dirigir a um polo até 3 vezes por semana, dependendo da disciplina. No restante dos dias, ele acompanha o curso da sua casa, podendo acessá-lo no momento mais propício.

Quais são as vantagens de investir no EAD?

Não precisar perder muito tempo com deslocamento é uma das principais vantagens para os alunos que optam pelo ensino a distância ou o híbrido, já que facilita a conciliação de compromissos pessoais. 

No entanto, Ricardo conta que as instituições ainda lidam com uma taxa de desistência por parte dos alunos de cursos a distância. “Isso acontece porque algumas pessoas ingressam nessa modalidade com o pensamento de que o curso será mais fácil que o presencial, então percebem que a realidade não é essa”. 

A verdade é que cursos dessa modalidade podem ser exigentes, mas isso não chega a ser algo ruim; pelo contrário, leva o estudante a se desenvolver profissionalmente, para chegar ao mercado muito bem preparado. Assim, engana-se quem pensa que o EAD é só moleza e não será preciso se dedicar.

Segundo a experiência do coordenador de Educação a Distância da UCEFF: “dependendo da instituição e da dedicação do estudante, um curso a distância pode propiciar uma formação superior a de um curso presencial. Isso é comprovado, inclusive, pelas notas do ENADE, em que alunos EAD performam melhor”.

Além da flexibilidade e da qualidade, podemos observar, como benefício, maior facilidade na aquisição de certas habilidades. “Alunos que se formam em um curso a distância desenvolvem várias soft skills, provando assim os ganhos do EAD para o mercado de trabalho. Aprender a aprender, organização, responsabilidade, interação com as tecnologias e facilidade no home office são bons exemplos das competências adquiridas”, explica Ricardo.

Qual é o perfil do aluno que opta pelo EAD?

Aulas presenciais e aulas online são bem diferentes. O presencial conta com mais contato visual com o professor e os colegas. A convivência costuma ser mais próxima e existe uma maior dependência da estrutura. O curso a distância, por sua vez, exige mais planejamento, e o aluno não pode ter uma postura de dependência. Por tais características, o perfil do aluno de cada modalidade é diferente.

“Em geral, vemos que o público do EAD é um pouco mais experiente. Muitas vezes, já foi para o mercado de trabalho e, agora, volta para fazer uma graduação ou pós-graduação. Esses alunos, muitas vezes, já estão casados, têm emprego e não buscam algumas das coisas que um aluno de ensino médio procura, a exemplo do contato social”, esclarece Ricardo.

O professor também afirma que, apesar de ainda notarmos essa diferença, já existem mudanças de traços nesse perfil. “Um exemplo é a média de idade de quem escolhe o ensino a distância: ela está diminuindo, principalmente quando olhamos para os cursos híbridos, que têm atraído muitos jovens”.

Ainda sobre esse perfil, Ricardo completa: “o estudante costuma ter mais responsabilidade com a própria aprendizagem, pois percebe que o curso depende muito dele. Tende a ser mais ativo e a se organizar melhor para ir atrás do que precisa e para dar conta de cumprir o cronograma. É necessária uma boa gestão do tempo. As pessoas que se formam em um bom curso EAD terão um diferencial competitivo no mercado de trabalho”.

Como tem sido a receptividade do EAD no mercado de trabalho?

Ao contrário do que muita gente pensa, o EAD não nasceu com a internet. No Brasil, ele se iniciou por volta de 1900, com cursos por correspondência. Depois, contou com evoluções, adotou os programas de TV, até que chegou à forma como o conhecemos hoje. No início, ele tinha um modelo mais mercadológico, o que contribuiu para que muitas pessoas formassem uma visão pessimista.

Hoje, no entanto, tudo isso está mudando, e o mercado de trabalho recebe o EAD com mais confiança. “Todos já estão entendendo que o mais relevante não é apenas o histórico escolar e as competências técnicas, mas também a identificação das competências comportamentais. O EAD consegue desenvolver isso, propiciando a vantagem de o aluno adquirir mais maturidade e melhores oportunidades”, completa o coordenador.

Enfim, a procura por cursos a distância tem crescido e, como nos trouxe o professor Ricardo, essa modalidade proporciona muitas vantagens, que se refletem na prática profissional. A melhora da relação entre O aumento do conceito do EAD no mercado de trabalho tem, inclusive, levado alguns recrutadores a dar preferência a pessoas que se formam nessa modalidade.

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